Capítulo II
Água. Ph. Tampões.
Carboidratos. Lipídios. Aminoácidos.
Proteínas.
A água, solvente da Vida.
Entende-se por água potável (do latim potus, bebida,
potabilis, bebível e potare, beber) a água bebível no sentido em que pode ser
bebida por pessoas e animais sem causar doenças. O termo se aplica à água que
foi tratada para consumo humano segundo padrões de qualidade determinado pelas
autoridades locais e internacionais. O fornecimento de água potável é um
problema que tem deixado o homem preocupado desde a antiguidade. Na Grécia
antiga eram construídos aquedutos e tubulações de pressão para assegurar o
abastecimento de água. Em algumas localidades são construídas cisternas para
este mesmo fim. Na União Européia a norma 98/83EU estabelece valores máximos e
mínimos que a água deve conter de minerais, germes patogênicos e alguns íons
como cloretos, nitratos, nitritos, amônia, cálcio, magnésio, fosfato, arsênico,
etc. O pH da água deve estar entre 6,5 e 8,5. Normalmente o controle da água
potável é mais severo do que o aplicado às águas minerais engarrafadas. Ainda
na Europa, calcula-se que o gasto médio por pessoa oscile entre 150 e 200
litros/dia, sendo que de 2 a
3 litros/pessoa são usados para beber. Em muitos países do mundo a água potável
é um bem cada vez mais escasso. Teme-se que conflitos bélicos possam ser
gerados pela possessão das fontes de água. Para que a água captada (poços,
lagos, etc.) seja adequada para consumo humano, é necessário tratá-la
corretamente para deixá-la pronta para o consumo, potável. Este processo é
denominado potabilização e é realizado nas estações de tratamento. Existem
diferentes métodos e tecnologias de potabilização, mas em todos eles constam,
mais ou menos, as seguintes etapas:
1. Pré-cloração e Floculação: depois de uma filtração
inicial para retirar fragmentos sólidos de grande tamanho, é adicionado o cloro
(para eliminar os microorganismos da água) e outros produtos químicos que fazem
com que as partículas sólidas precipitem formando flocos.
2. Decantação: nesta fase são eliminados os
flocos e outras partículas presentes na água.
3. Filtração: a água é passada por diversos
filtros para eliminar a areia e outras partículas que ainda possam ter ficado,
eliminando, assim, a turbidez da água.
4. Cloração e Envio à Rede: para eliminar os
microorganismos mais resistentes e para a desinfecção dos canos da rede de
distribuição.
Quando se refere à temperatura, cor, densidade e pH da água, são muitos os motivos e as causas
responsáveis por ocasionar cada uma destas propriedades encontradas nela, deste
a intensidade do Sol; à quantidade de salinidade presente na água; a existência
de H+(Hidretos) e OH- (hidroxilas) que definem o pH da água e ainda os
materiais orgânicos que originam a cor da água. Para se entender melhor como se
classifica essas propriedades, as trataremos separadamente.
Temperatura.
Temperatura é
uma grandeza física que mensura a energia cinética média de cada grau de
liberdade de cada uma das partículas de um sistema em equilíbrio térmico. Em
sistemas constituídos apenas por partículas idênticas essa definição associa-se
diretamente à medida da energia cinética média por partícula do sistema em
equilíbrio térmico. A presente definição é análoga a afirmar-se que a
temperatura mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada
partícula do sistema uma vez consideradas todas as partículas de um sistema em
equilíbrio térmico em um certo instante. A rigor, a temperatura é definida
apenas para sistemas em equilíbrio térmico.
Dentro do formalismo da termodinâmica, que leva em conta apenas
grandezas macroscopicamente mensuráveis, a temperatura é, de forma equivalente,
definida como a derivada parcial da energia interna U em relação à entropia S
para um sistema em equilíbrio termodinâmico:
A medição da
temperatura usando os modernos termômetros científicos e escalas de temperatura
tem suas origens no século XVIII, quando Gabriel Fahrenheit adaptou um
termômetro de Mercúrio a uma escala de temperatura desenvolvida pelo
dinamarquês Ole Rømer. A escala Fahrenheit é ainda usada em alguns países,
incluindo os Estados Unidos, para propósitos não-científicos.
·
Partículas puntuais ou monoatômicas têm três
graus de liberdade, correspondendo à liberdade de movimento nas três direções
espaciais X, Y, Z. Se as partículas forem moléculas diatômicas rígidas há 5
graus de liberdade, três associados às translações citada e dois associados aos
dois eixos perpendiculares de rotação da molécula (o giro sobre o eixo é
desprezível). Se os átomos puderem ainda oscilar longitudinalmente há mais um
grau cinético, em um total de 6 graus de liberdade cinéticos (7 incluso a
parcela de energia potencial elástica). O raciocínio se estende para moléculas
triatômicas e para moléculas mais complexas, onde o número de graus de
liberdade pode ser consideravelmente maior, principalmente quando incluem-se os
modos normais de vibração.
·
Na primeira definição tem-se a média da energia
cinética de um dado grau de liberdade de uma partícula específica ao longo de
um tempo suficientemente longo, e também que esta média será a mesma para
qualquer grau de liberdade de qualquer partícula considerada (princípio da
equipartição da energia). Já na segunda definição tem-se que a temperatura
também mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada partícula
do sistema como a razão, determinada em um dado instante de tempo em
particular, entre a energia cinética total associada às partículas do sistema
(a energia térmica) e o número total de graus de liberdade cinéticos associados
às mesmas partículas, bem como a igualdade dos resultados quaisquer que sejam
os instantes de tempo escolhidos. A igualdade destas definições, e do valores
obtidos qualquer que seja a partícula similar escolhida na primeira definição
ou o instante de tempo escolhido na segunda, só é possível em virtude do
sistema encontrar-se em equilíbrio térmico, sendo este um requisito
indispensável às definições de temperatura conforme apresentadas.
·
Herch Moysés Nussenzveig. Curso de Física Básica:
Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor. 3ª ed. [S.l.]: Edgard Blücher, 1996. vol.
2. ISBN 85-212-0045-5
·
UFSC - Disciplina FSC5137 - Ondas e Calor - Pág.
6
·
A energia térmica de um sistema pode alterar-se
em função da variação da energia interna deste sistema, que ocorre ou por calor
ou pela execução de trabalho (ver primeira lei da termodinâmica), ou ainda pela
simples conversão de energia térmica em energia potencial interna ao sistema
sem que haja, entretanto, alteração na energia interna do sistema.
·
O zero kelvin implica que todos os átomos e
moléculas estão no estado fundamental, e não necessariamente com energia
cinética nula. Entretanto a energia cinética no estado fundamental é
extremamente baixa em comparação com os valores a temperaturas pouco acima do
zero absoluto e pode para quase todos os casos ser completamente negligenciada.
Sobre o zero absoluto
·
Fox, Maggie (15/02/2010). Cientistas desenvolvem
maior temperatura da história nos EUA. O Globo. Página visitada em 16/02/2010.
·
Teste obtém a maior temperatura da história.
Estadao.com.br (16/02/2010). Página visitada em 16/02/2010.
·
A definição da escala Célsius guarda íntima
conexão com os pontos de fusão e ebulição da água sob pressão de 1 atm.,
encontrando-se o primeiro a 0
°C e o último a 100 °C , conforme tal definição. Tais pontos são
em verdade os que definem a escala célsius. As correlações com a escala kelvin
são, entretanto, inevitáveis.
·
Kittel and Kroemer, pp. 462 (em inglês)
·
Comparam-se aqui gases com partículas que possuam
igual número de graus de liberdade
·
Vu-Quoc, L.,
Configuration integral (statistical mechanics), 2008 (em inglês)
·
doi:10.1088/0004-637X/707/2/916
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·
Kolb, Edward; TURNER,
Michael. The Early Universe (em inglês). Reading: Addison-Wesley, 1994. p. 14-16.
ISBN 0-201-62674-8
·
Os subindices na expressão do calor Q derivam das
palavras inglesas Hot (quente) e cold (frio). Repare que QH, QM e QC na análise
subsequente referem-se respectivamente aos MÓDULOS dos calores envolvidos, e
não aos valores dos calores em si, que a rigor, obedecem a convenção de sinais
adotas ao abordar-se a primeira lei.
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