domingo, 27 de março de 2016

Professor César Augusto Venâncio da Silva - Ensaio Bioquímica Geral. UNIVERSIDADE UNIMES. ESTUDOS COMPLEMENTARES


Livro Da FGF Bioquímica Geral 201312qw Copia

Conclusões parcial.

Conclusões parcial.
 Através da realização desta experiência podemos concluir que fatores como a temperatura, a adição de dióxido de carbono, ou de hidróxido de sódio podem alterar o valor do pH da água. A temperatura altera o valor do pH mas não o seu caráter ácido ou alcalino.
Crítica e Discussão dos Resultados.
Erros e sua importância relativa, identificação das partes do procedimento que conduziram a erros e aquelas que ajudaram a minimizá-los.
I Parte.
No balão volumétrico nº 1:  Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “vermelho de metilo”( o qual apresenta uma cor vermelha para os ácidos e amarela para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 4,2 a 6,3), observou-se uma cor amarela. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH> 4,2. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para um amarelo mais claro. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração, e com um pH> 6,3. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor para um amarelo mais escuro. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, logo uma solução com um pH <6,3.
 No balão volumétrico nº 2: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “fenolftaleina”( o qual apresenta uma cor incolor para os ácidos e algumas bases mais fracas e carmim para as bases com pH superior a 8,3. Este indicador apresenta uma zona de viragem do pH entre 8,3 a10), observou-se uma cor incolor. Esta cor não nos permitiu identificar a solução como ácida ou alcalina devido à zona de viragem deste indicador só se iniciar a partir de um valor de pH de 8,3.Se a solução tiver um pH de 8 já é alcalina mas no entanto com este indicador a cor mantém-se incolor porque só vira a partir de 8,3. Por isso o valor do pH situa-se num valor inferior a 8,3.  Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para um carmim. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração. Agora já podemos identificar esta solução como alcalina, pois com esta cor tem de ter um pH>8,3.  Ao ser adicionado gelo seco (CO2(s)) à solução verifica-se a mudança de cor para um cor de rosa . Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando se adicionou  NaHO. E provavelmente com um pH<10.
No balão volumétrico nº 3: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “Tornesol”( o qual apresenta uma cor vermelha para os ácidos e azul para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 5,0 e o 8,0), observou-se uma cor lilás. Esta cor permitiu identificar a solução com um valor de pH entre 5,0 e 8,0. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para azul. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração, e com um pH >8. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor para lilás. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH(<8) devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando foi adicionado NaHO.
No balão volumétrico nº 4: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “Vermelho de fenol ”( o qual apresenta uma cor amarela para os ácidos e vermelha para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 6,4 e o 8,2), observou-se uma cor rosada. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH entre 6,4 e o 8,2. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para laranja forte. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração. E provavelmente com um valor de pH>6,4. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor novamente para rosado. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando se adicionou  NaHO. E provavelmente com um pH= 6,4-8,2.
II Parte.
 Da observação da imagem do rótulo da água utilizada pode-se observar que é uma água natural gasocarbônica, logo é uma água gasosa com um teor de CO2 superior a 250mgL¯¹, e com um pH =6,1. Quando se colocou a “Água das Pedras” no balão volumétrico e ao ser adicionado o indicador ácido base “Vermelho de metilo ”( o qual apresenta uma cor vermelho para os ácidos e amarela para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 4,2 e o 6,3), observou-se uma cor amarela. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH superior a 4,2. O que corresponde ao valor do pH encontrado no rótulo de 6,1. Após a libertação do dióxido de carbono a cor manteve-se amarela o que significa um pH >4,2 . Sabemos que numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq) ;      CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq). Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A libertação do CO2 contribui assim para diminuir a concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se inferior àconcentração de OH¯, o que corresponde a uma solução mais alcalina.
A solução ao ser aquecida verifica-se a mudança de cor para laranja claro. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água , o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. A solução terá agora um pH <6,3.

Questionamento/Respostas às questões argüidas:
Questão – problema:
1- “Como interfere o dióxido de carbono no pH de uma água?”
2-“Será que o valor da temperatura também tem influência no valor de pH?”
Através da realização desta experiência podemos responder ás questões em cima elaboradas:
1- “Como interfere o dióxido de carbono no pH de uma água?”
R: Muitas águas minerais contêm dióxido de carbono, ou então pode ser adicionado (pode ser em forma de gelo seco). Numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq); CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq). Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A sobre saturação de CO2 nas águas naturais pode dever-se a processos de decomposição de matéria orgânica: 2CH2O→CH4+CO2. ou à decomposição do carbonato de cálcio, provocada por aquecimento geotérmico: CaCO3(s)→CaO(s)+CO2(g). Ambos os processos proporcionam a dissolução de CO2 a  pressões elevadas. O CO2 presente na água e dissolvido nesta e reage com a água, de acordo com: CO2(aq)+H2O(l)↔H2CO3(aq). O ácido carbónico, H2CO3 , cede um dos seus protões a moléculas de água, aumentando a acidez: H2CO3(aq)+ H2O(l)  HCO3¯(aq)+H3O+(aq). A dissolução do CO2 contribui assim para aumentar a  concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se superior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução ácida.
2-“Será que o valor da temperatura também tem influência no valor de pH?”
R: O pH depende da temperatura. Por isso, quando medimos o pH, devemos registar, pois só podemos comparar valores de pH medidos à mesma temperatura. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações.  Assim quando se eleva a temperatura da água, o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a emperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. Se:
[H3O+ ] > [HO¯ ], a solução é ácida.
[H3O+ ] < [HO¯ ], a solução é neutra.
[H3O+ ] = [HO¯ ], a solução é neutra.
Presença d’água no organismo humano.

A vida, tal como a conhecemos, depende da presença de água. O organismo humano possui cerca de 70% de água, um constituinte fundamental do meio intracelular e de fluidos extracelulares como o sangue. Uma solução em que a água é o único ou principal solvente é denominada solução aquosa. Nas zonas do planeta em que a água escasseia, os seres vivos possuem adaptações para minimizar a sua perda. Crê-se também que a vida surgiu em meio aquoso, onde os reagentes poderiam circular, encontrar-se e formar ligações, formando moléculas cada vez mais complexas que se agregariam em organismos simples. A água possui características químicas e físicas muito particulares. Entre elas, o facto de possuir uma densidade menor no estado sólido que no estado líquido, permitindo a flutuação do gelo e a existência de vida subaquática a baixas temperaturas. Também o tipo de ligação química existente entre as moléculas de água, a chamada ligação de hidrogênio, desempenha um papel fundamental em muitos processos biológicos, especialmente em reacções catalizadas por diversas enzimas. A compreensão do funcionamento e da função da água em sistemas biológicos é fulcral para o entendimento de processos bioquímicos.
Estrutura da molécula de água.

A molécula de água é constituída por dois átomos de hidrogênio ligados a um de oxigênio, com uma estrutura tetraédrica. O átomo de oxigênio partilha dois dos seus seis electrões de valência com os átomos de hidrogênio para formar as ligações covalentes entre oxigênio e hidrogênio. Como resultado, o hidrogênio tem a sua camada de valência completa e dedicada à ligação. O átomo de oxigênio possui dois pares de electrões de valência que não participam então em ligações, mas que produzem uma zona de carga negativa que tende a repelir ligeiramente os átomos de hidrogênio. Por esta razão, a molécula de água não é linear, formando antes um ângulo com aproximadamente 104,5º.  O oxigênio é uma molécula com elevada electronegatividade, maior que a do hidrogênio, ou seja, tende a atrair mais facilmente electrões. Embora a ligação covalente seja um tipo de ligação química que exija a partilha electrónica, é mais provável encontrar esses electrões mais perto do núcleo do oxigênio que dos núcleos do hidrogênio. Por esta razão, a nuvem electrónica da molécula de água é mais densa nas imediações do oxigênio, tendo uma carga eléctrica local mais negativa e conferindo uma polaridade eléctrica à molécula. Por causa desta polaridade, um átomo de oxigênio pertencendo a uma determinada molécula de água tende a atrair um átomo de hidrogênio de uma molécula vizinha, estabelecendo uma ligação intermolecular denominada ligação de hidrogênio (também é usado o termo ponte de hidrogênio). Este tipo de ligação ocorre entre átomos de hidrogênio e átomos de elevada electronegatividade, como o já referido oxigênio ou ainda o azoto ou o fósforo, sempre que o hidrogênio tenha uma deficiência electrónica devida à polarização da molécula em que se encontra (ou seja, sempre que se encontre ligado covalentemente a outro átomo electronegativo).  Este tipo de ligação tem uma energia relativamente baixa (23 kJ/mol), a suficiente para estabelecer a ligação mas também ser facilmente quebrada. Este é um aspecto importante para a mobilidade das moléculas de água, que estão a associar-se e a dissociar-se constantemente quando no estado líquido, mas que se encontram sempre envolvidas neste tipo de ligação. A água pode ser então pensada como uma rede de moléculas coesas, mas não estáticas como num sólido; esta coesão confere-lhe uma densidade elevada em comparação com outros líquidos à mesma temperatura e causa a existência de uma elevada tensão superficial. Outras propriedades significativamente afetadas pela existência de ligações de hidrogênio são a temperatura de ebulição e a temperatura de fusão. Este tipo de ligação aumenta estas temperaturas em relação a compostos similares que não a possuam. Por exemplo, o metano, CH4, é um gás a 25º, o que não acontece com o álcool derivado deste, o metanol (CH3OH), um líquido a esta mesma temperatura. A ligação C-H não é muito polar, não havendo grande polarização em moléculas orgânicas que não possuam átomos fortemente eletronegativos.

O NaHO, tem como símbolo de perigo C, o eu quer dizer que é corrosivo (em concentrações mais elevadas é inflamável).

O NaHO, tem como símbolo de perigo C, o eu quer dizer que é corrosivo (em concentrações mais elevadas é inflamável). Tem como frases de risco R34 e como frases de segurança S 26-37/39-45, pelo que pode provocar queimaduras, por isso devemos usar luvas, e equipamento protetor para os olhos/face adequados, e em contato com os olhos, lavar imediatamente e abundantemente com água e consultar um especialista.  Alem disso cada aluno deve tomar os procedimentos adequados à salvaguarda da saúde e segurança de si próprio e dos seus colegas, e que basicamente são:
1. Não entrar no laboratório sem autorização de um docente.
2. Efetuar o trabalho experimental como foi indicado. Não fazer nada que não seja parte de um procedimento experimental previamente aprovado pelo docente responsável.
3. Preparar-se convenientemente para executar a experiência. Ler e compreender o protocolo experimental antes de o executar. Seguir as instruções do docente responsável. Antes de iniciar uma experiência certificar-se de que se está a par de todos os potenciais perigos dos reagentes, produtos e técnicas usadas. Certificar-se de que se percebeu o que se vai fazer.
4. Nunca trabalhar sem a supervisão de um docente.
5. Usar o equipamento de segurança apropriado. O uso de bata é obrigatório. Se necessário e de acordo com as instruções do docente responsável, deve ser usado outro equipamento de segurança (neste caso luvas).
6. Saber a localização do equipamento de segurança (chuveiros de segurança, extintores, caixas de areia, mantas anti-fogo, etc.).
7. Saber o que fazer em caso de emergência. O toque de alarme é considerado o aviso de uma situação de emergência.
8. Atuar sempre de um modo responsável no laboratório.
9. O corpo deve estar o mais protegido possível devendo evitar-se roupas largas, sandálias ou tecidos altamente inflamáveis. Nunca deixar que substâncias químicas contactem com a pele.
10. Nunca provar qualquer composto químico. O olfato só deve ser usado se for indicado pelo docente.
11. Desligar as fontes de calor (por exemplo: chamas, placas eléctricas, mantas de aquecimento) quando terminado o seu uso e nunca as abandonar quando em uso.
12. Ler os rótulos com cuidado. A leitura do rótulo deve ser feita 3 vezes: antes, durante e quando acaba a experiência. Da mistura de substâncias químicas podem resultar enganos com consequências imprevisíveis.
13. É proibido fumar, comer ou beber no laboratório.
14. Comunicar todos os incidentes ao docente responsável, mesmo os mais pequenos e aparentemente inofensivos.
15. Tratar os produtos químicos convenientemente. Nada vai para o esgoto (exceto se, e quando, o docente responsável fornecer indicação em contrário).
16. Nunca colocar os reagentes não utilizados (sobras) no recipiente original, exceto se o docente responsável fornecer indicação em contrário. Retirar apenas o necessário para um recipiente devidamente rotulado e não contaminar o restante. Em caso de dúvida consultar o docente responsável.
17. Limpar todos os desperdícios imediatamente. As garrafas e frascos de reagentes devem sempre ser limpos, caso o seu conteúdo tenha escorrido pelas paredes. Isto inclui a água.
18. Manter o local de trabalho limpo e arrumado.
19. Nunca levar nada de um laboratório sem o conhecimento e o acordo do docente responsável.
20. Andar e não correr, por mais pressa que se tenha. Correr nos corredores ou nos laboratórios representa um risco para o próprio e para as outras pessoas que podem transportar consigo materiais perigosos.
21. Ter sempre cuidado ao abrir e fechar portas, ao entrar ou sair dos laboratórios.
22. No final de um trabalho experimental:
• Arrumar os reagentes: os reagentes e solventes devem ser arrumados nas prateleiras e armários correspondentes logo após o seu uso, com os rótulos virados para a frente;
• Todos os reagentes e produtos sintetizados deverão estar rotulados
• Desligar o equipamento usado .
• Limpar a bancada, arrumar o material lavado e lavar as mãos (é preferível efetuar as limpezas e arrumações após cada etapa de um trabalho. O material que conteve reagentes perigosos deve ser enxaguado antes de ser posto de parte para a limpeza final).
23. Quaisquer problemas médicos, alergias conhecidas ou medicação que possam pôr em risco a integridade física do aluno ou dos seus colegas devem ser comunicados ao docente responsável, que atuará em conformidade.
As regras citadas estão dentro de um protocolo de biosegurança.  O laboratório de bioquímica possui como suporte equipamentos como espectrofotômetro, banhos-maria, estufa, geladeiras para os kits bioquímicos, centrífugas, um aparelho medidor de pH (phmetro) e microcentrífuga, bem como materiais como os kits de reagentes, vidrarias, micropipetas, ponteiras, tubos de ensaio etc. as aulas são programadas previamente pelo professor e posteriormente executadas em grupos pequenos de alunos proporcionando um aprendizado efetivo. Sobre o tema Biosegurança recomendo: Páginas 399/475 do livro – SUBTOMO I DISCIPLINA IMUNOLOGIA E BIOQUÍMICA APLICADA. SILVA, Professor César Augusto Venâncio da. 1ª. Edição – 2013 – Fortaleza – Podendo ser acessado no link: http://pt.scribd.com/doc/123101862/LIVRO-FINAL-DE-BIOQUIMICA-capitulo-i    - 
1.4 – Procedimentos.
Iª Parte.
1. Encher 3 balões volumétricos com água da torneira.
2. Adicionar 5 gotas de um indicador diferente em cada balão e numerá-los e identificá-la.

O CO2  presente na água e dissolvido nesta e reage com a água,

O CO2  presente na água e dissolvido nesta e reage com a água, de acordo com: CO2(aq)+H2O(l)↔H2CO3(aq). O ácido carbônico, H2CO3, cede um dos seus protões a moléculas de água, aumentando a acidez: H2CO3(aq)+ H2O(l) ↔ HCO3¯(aq)+H3O+(aq). A dissolução do CO2 contribui assim para aumentar a  concentração de H3O+ em solução, e assim esta se torna superior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução ácida. A água pode também ser alcalinizada artificialmente por adição de bases pois libertam iões  OH¯ fazendo  aumentar a concentração de OH¯ nas soluções.
Observações: Iões - partículas eletricamente carregadas que provém de átomos ou de moléculas. Catiões - são iões positivos. Numa eletrolise dirigem-se para o cátodo (pólo negativo). Aniões - são iões negativos. Numa eletrólise dirigem-se para o ânodo (pólo positivo). Protões é uma partícula "sub-atômica" que faz parte do núcleo de todos os elementos. Convencionou-se que o próton tem carga elétrica positiva.  É uma das partículas, que junto com o nêutron, formam os núcleos atômicos.
O pH varia com a temperatura.
O pH depende da temperatura. Por isso, quando medimos o pH, devemos registar, pois só podemos comparar valores de pH medidos à mesma temperatura. Alguns medidores de pH fazem uma compensação automática de temperatura. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reação que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água, o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. Observamos os seguintes padrões. Se:
[H3O+ ] > [HO¯ ], a solução é ácida
[H3O+ ] < [HO¯ ], a solução é neutra
[H3O+ ] = [HO¯ ], a solução é neutra


Material e Reagentes.
1.1 - Material de laboratório:

Material
Quantidade

Placa de aquecimento
1

Varetas de vidro
1

Termômetro
1

Frigorífico
1

Gelo seco
Variável

Espátula
1

Balões volumétricos de 250ml
5

Pipeta
1

Gobelé 600ml
1

Proveta
1

Rolha
1
1.2 - Reagentes e outros materiais.
Indicadores em solução: Vermelho de metilo, Vermelho de fenol e fenolftaleína; - Água da rede; - Água natural gasocarbônica (Água das Pedras) – 1 garrafa; - NaHO liquido. 

1.3 – Segurança.

Continuação....

Fig.15 – O Sensor pH também conhecido como Controlador de pH e phmetro é indicado para operar em processos de Tratamento de água / efluentes em industrias químicas, alimentícios, papel / celulose, petroquímica, entre outras.  O Sensor pH e Sensor ORP são basicamente idênticos, também em seu princípio de funcionamento que é muito simples. Esquema básico de Sensor pH ou Sensor ORP. Sensor pH: O bulbo de vidro detecta íons de H+ e gera uma corrente elétrica (59,2 mV por unidade de pH a 25 oC).  Sensor ORP: O metal nobre (platina ou ouro) é usado por não interferir nas reações químicas e em contato com o meio, transmite uma corrente elétrica. O gel interno é quem recebe a corrente elétrica positiva (+) e re-transmite ao interior do sensor, o fio de prata pura (tratado com cloreto de prata) capta a corrente e transmite ao cabo de conexão, que leva o sinal do sensor ph ao leitor/controlador.

Muitas águas minerais contêm dióxido de carbono, quer de origem natural, quer adicionado. Contêm, também, hidrogenocarbonatos e outros sais que conferem às àguas propriedades favoráveis para a saúde ou para fins terapêuticos.  Numa água gaseificada  não ocorrem os seguintes equilíbrios: 

 CO2(g)↔CO2(aq); CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq).
Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A sobre saturação de CO2 nas águas naturais pode dever-se a processos de decomposição de matéria orgânica: 2CH2O→CH4+CO2 ou à decomposição do carbonato de cálcio, provocada por aquecimento geotérmico:
                           CaCO3(s)→CaO(s)+CO2(g)

ANTERIOR: Indicadores de ácido-base: a) líquido; b) em papel.

Fig.13- Indicadores de ácido-base: a) líquido; b) em papel.

O “papel indicador “de ácido – base é papel impregnado com uma mistura de indicadores de tal forma que as cores que adquire permitem estabelecer uma escala corada. Essa escala depende do pH da solução. É assim possível efetuar medições semi-quantitativas. Este é um processo cômodo e inicialmente barato, mas acaba por se tornar caro se a sua utilização for continuada, pois o papel fica inutilizado após cada uso.  Os indicadores ácido-base apresentam uma cor em solução que depende do pH da mesma. Cada indicador apresenta uma zona de viragem, com uma cor correspondente à mistura das duas cores ácida e alcalina. As tabelas seguintes apresentam alguns indicadores e suas características:
Para trabalhos mais rigorosos é necessário medir quantitativamente o pH de uma solução. Para isso utilizam-se aparelhos próprios: medidor de pH ou sensores. Estes medidores são aparelhos frágeis e dispendiosos.


Ph da água. Temos por definição de temperatura


Temos por definição de temperatura segundo o dicionário da Língua Portuguesa, temperatura: grau de calor num corpo ou num lugar, o que não diferencia na classificação da temperatura na água, que de acordo com o grau de calor que ela é atingida e ainda pela latitude em que ela se encontrar, se classifica a temperatura em que a água está no determinado momento ou lugar. A circulação atmosférica e oceânica transfere o excesso de calor recebido nas regiões equatoriais para regiões polares, gerando dessa forma um equilíbrio térmico, e ainda que a cada linha de latitude percorrida pela água a temperatura altera-se em 0,5°C. O que nos leva a questão de que cada continente possui uma temperatura da água diferenciada, pois a intensidade do sol é maior em latitudes menores, em que a temperatura chega a aproximadamente 2 vezes maior que nos pólos.  Na propriedade cor, teremos alguns fatores que modificam a coloração e ocasionam sua classificação, temos como exemplo materiais orgânicos que ao estarem no processo de decomposição eliminam substancias que contêm coloração, em que sendo diluídas pela água proporcionam cores á ela, existem outros fatores que dão coloração a água, o ferro e o manganês estando reunidos ou em contato com as substâncias citadas acima, também proporcionam cor na água. A cor da água é medida numa escala de 0 a 100 UC, unidade colorimétrica.  A densidade da água aumenta quando a quantidade de salinidade na água está elevada e a temperatura baixa, mas também a uma necessidade de pressão na água para que haja a densidade, temos então que a densidade da água somente ocorrerá quando houver salinidade, temperatura e pressão na água, porém dependerá também da quantidade de cada um para classificar se a água está acima ou abaixo do ponto de congelamento.

pH da água.
Figura 9 - pH é classificação de ácida, neutra e base, em uma escala de 1 a 6 denomina-se ácida e de 8 a 14 denomina-se base, quando a água se encontrar com o pH 7 ela denomina-se portanto como neutra. A presença de H+(Hidretos) e OH- (hidroxilas) também influencia na classificação do pH, pois com maior presença de H+ é classificada como ácida e com maior presença de OH- ela se torna básica.
Fatores que afctam o pH de uma Água.
1.1. - Fundamentação Teórica.
 A composição química da água natural é obtida a partir de uma fonte enorme de solutos onde se incluem os gases e aerossóis da atmosfera, os produtos do arrastamento e da erosão de rochas e de solos, das dissoluções e das reações de precipitação que ocorrem abaixo da superfície terrestre, assim como os produtos resultantes da intervenção humana. A classificação de águas e de outras soluções aquosas em ácidas, neutras ou alcalinas requer processos de avaliação qualitativa e quantitativa com recurso a medidores de pH, sensores ou indicadores. Para entender como se avalia o pH de uma solução aquosa iremos para a chamada escala de Sorensen o pH de uma solução que varia entre 0  e  14 permite classificá-la como:
● ácida se o pH < 7.
● básica ou alcalina se o pH > 7.
● neutra se pH = 7.
Quando a análise é realizada a temperatura de 25ºC. Temos o  pH como um dos parâmetros mais importantes para caracterizar águas. A medição do pH deve ser feita no local de origem, mas, se tal não for possível, o recipiente de recolha deve ficar completamente cheio, sem quaisquer bolhas de ar, e ser rolhado imediatamente. Impedem-se assim alterações do pH provocadas por trocas gasosas com a atmosfera. Para avaliar a acidez, basicidade ou neutralidade de uma solução utilizam-se várias técnicas laboratoriais. Os indicadores de ácido-base são soluções de substâncias que mudam de cor conforme a acidez/basicidade do meio. A mudança de cor não é abrupta. Existe um intervalo de pH (normalmente 2 unidades) para a qual a cor é mal definida que se chama zona de viragem. Este embora seja um processo simples e barato para avaliar a acidez ou basicidade de uma  solução, fornece apenas uma indicação qualitativa (Ver figura 13)


Capítulo II Água. Ph. Tampões. Carboidratos. Lipídios. Aminoácidos. Proteínas.











Capítulo II
Água. Ph. Tampões. Carboidratos. Lipídios. Aminoácidos.
Proteínas.











A água, solvente da Vida.
Entende-se por água potável (do latim potus, bebida, potabilis, bebível e potare, beber) a água bebível no sentido em que pode ser bebida por pessoas e animais sem causar doenças. O termo se aplica à água que foi tratada para consumo humano segundo padrões de qualidade determinado pelas autoridades locais e internacionais. O fornecimento de água potável é um problema que tem deixado o homem preocupado desde a antiguidade. Na Grécia antiga eram construídos aquedutos e tubulações de pressão para assegurar o abastecimento de água. Em algumas localidades são construídas cisternas para este mesmo fim.  Na União Européia  a norma 98/83EU estabelece valores máximos e mínimos que a água deve conter de minerais, germes patogênicos e alguns íons como cloretos, nitratos, nitritos, amônia, cálcio, magnésio, fosfato, arsênico, etc. O pH da água deve estar entre 6,5 e 8,5. Normalmente o controle da água potável é mais severo do que o aplicado às águas minerais engarrafadas. Ainda na Europa, calcula-se que o gasto médio por pessoa oscile entre 150 e 200 litros/dia, sendo que de 2 a 3 litros/pessoa são usados para beber. Em muitos países do mundo a água potável é um bem cada vez mais escasso. Teme-se que conflitos bélicos possam ser gerados pela possessão das fontes de água. Para que a água captada (poços, lagos, etc.) seja adequada para consumo humano, é necessário tratá-la corretamente para deixá-la pronta para o consumo, potável. Este processo é denominado potabilização e é realizado nas estações de tratamento. Existem diferentes métodos e tecnologias de potabilização, mas em todos eles constam, mais ou menos, as seguintes etapas:

1. Pré-cloração e Floculação: depois de uma filtração inicial para retirar fragmentos sólidos de grande tamanho, é adicionado o cloro (para eliminar os microorganismos da água) e outros produtos químicos que fazem com que as partículas sólidas precipitem formando flocos.
2. Decantação: nesta fase são eliminados os flocos e outras partículas presentes na água.
3. Filtração: a água é passada por diversos filtros para eliminar a areia e outras partículas que ainda possam ter ficado, eliminando, assim, a turbidez da água.
4. Cloração e Envio à Rede: para eliminar os microorganismos mais resistentes e para a desinfecção dos canos da rede de distribuição.
Quando se refere à temperatura, cor, densidade e  pH da água, são muitos os motivos e as causas responsáveis por ocasionar cada uma destas propriedades encontradas nela, deste a intensidade do Sol; à quantidade de salinidade presente na água; a existência de H+(Hidretos) e OH- (hidroxilas) que definem o pH da água e ainda os materiais orgânicos que originam a cor da água. Para se entender melhor como se classifica essas propriedades, as trataremos separadamente.

Temperatura.


Temperatura é uma grandeza física que mensura a energia cinética média de cada grau de liberdade de cada uma das partículas de um sistema em equilíbrio térmico. Em sistemas constituídos apenas por partículas idênticas essa definição associa-se diretamente à medida da energia cinética média por partícula do sistema em equilíbrio térmico. A presente definição é análoga a afirmar-se que a temperatura mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada partícula do sistema uma vez consideradas todas as partículas de um sistema em equilíbrio térmico em um certo instante. A rigor, a temperatura é definida apenas para sistemas em equilíbrio térmico.  Dentro do formalismo da termodinâmica, que leva em conta apenas grandezas macroscopicamente mensuráveis, a temperatura é, de forma equivalente, definida como a derivada parcial da energia interna U em relação à entropia S para um sistema em equilíbrio termodinâmico:




A medição da temperatura usando os modernos termômetros científicos e escalas de temperatura tem suas origens no século XVIII, quando Gabriel Fahrenheit adaptou um termômetro de Mercúrio a uma escala de temperatura desenvolvida pelo dinamarquês Ole Rømer. A escala Fahrenheit é ainda usada em alguns países, incluindo os Estados Unidos, para propósitos não-científicos.
·         Partículas puntuais ou monoatômicas têm três graus de liberdade, correspondendo à liberdade de movimento nas três direções espaciais X, Y, Z. Se as partículas forem moléculas diatômicas rígidas há 5 graus de liberdade, três associados às translações citada e dois associados aos dois eixos perpendiculares de rotação da molécula (o giro sobre o eixo é desprezível). Se os átomos puderem ainda oscilar longitudinalmente há mais um grau cinético, em um total de 6 graus de liberdade cinéticos (7 incluso a parcela de energia potencial elástica). O raciocínio se estende para moléculas triatômicas e para moléculas mais complexas, onde o número de graus de liberdade pode ser consideravelmente maior, principalmente quando incluem-se os modos normais de vibração.
·         Na primeira definição tem-se a média da energia cinética de um dado grau de liberdade de uma partícula específica ao longo de um tempo suficientemente longo, e também que esta média será a mesma para qualquer grau de liberdade de qualquer partícula considerada (princípio da equipartição da energia). Já na segunda definição tem-se que a temperatura também mensura a energia cinética média por grau de liberdade de cada partícula do sistema como a razão, determinada em um dado instante de tempo em particular, entre a energia cinética total associada às partículas do sistema (a energia térmica) e o número total de graus de liberdade cinéticos associados às mesmas partículas, bem como a igualdade dos resultados quaisquer que sejam os instantes de tempo escolhidos. A igualdade destas definições, e do valores obtidos qualquer que seja a partícula similar escolhida na primeira definição ou o instante de tempo escolhido na segunda, só é possível em virtude do sistema encontrar-se em equilíbrio térmico, sendo este um requisito indispensável às definições de temperatura conforme apresentadas.
·         Herch Moysés Nussenzveig. Curso de Física Básica: Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor. 3ª ed. [S.l.]: Edgard Blücher, 1996. vol. 2. ISBN 85-212-0045-5
·         UFSC - Disciplina FSC5137 - Ondas e Calor - Pág. 6
·         A energia térmica de um sistema pode alterar-se em função da variação da energia interna deste sistema, que ocorre ou por calor ou pela execução de trabalho (ver primeira lei da termodinâmica), ou ainda pela simples conversão de energia térmica em energia potencial interna ao sistema sem que haja, entretanto, alteração na energia interna do sistema.
·         O zero kelvin implica que todos os átomos e moléculas estão no estado fundamental, e não necessariamente com energia cinética nula. Entretanto a energia cinética no estado fundamental é extremamente baixa em comparação com os valores a temperaturas pouco acima do zero absoluto e pode para quase todos os casos ser completamente negligenciada. Sobre o zero absoluto
·         Fox, Maggie (15/02/2010). Cientistas desenvolvem maior temperatura da história nos EUA. O Globo. Página visitada em 16/02/2010.
·         Teste obtém a maior temperatura da história. Estadao.com.br (16/02/2010). Página visitada em 16/02/2010.
·         A definição da escala Célsius guarda íntima conexão com os pontos de fusão e ebulição da água sob pressão de 1 atm., encontrando-se o primeiro a 0 °C e o último a 100 °C, conforme tal definição. Tais pontos são em verdade os que definem a escala célsius. As correlações com a escala kelvin são, entretanto, inevitáveis.
·         Kittel and Kroemer, pp. 462 (em inglês)
·         Comparam-se aqui gases com partículas que possuam igual número de graus de liberdade
·         Vu-Quoc, L., Configuration integral (statistical mechanics), 2008 (em inglês)
·         doi:10.1088/0004-637X/707/2/916
·         This citation will be automatically completed in the next few minutes. You can jump the queue or expand by hand</span
·         Kolb, Edward; TURNER, Michael. The Early Universe (em inglês). Reading: Addison-Wesley, 1994. p. 14-16. ISBN 0-201-62674-8
·         Os subindices na expressão do calor Q derivam das palavras inglesas Hot (quente) e cold (frio). Repare que QH, QM e QC na análise subsequente referem-se respectivamente aos MÓDULOS dos calores envolvidos, e não aos valores dos calores em si, que a rigor, obedecem a convenção de sinais adotas ao abordar-se a primeira lei.

Em Laboratórios de Análises podem ser desenvolvidos diversos procedimentos científicos, entre vários podemos sugerir à Anatomia Patológica - diagnóstico laboratorial.

Introdução.

Em Laboratórios de Análises podem ser desenvolvidos diversos procedimentos científicos, entre vários podemos sugerir à Anatomia Patológica - diagnóstico laboratorial. Nesse seguimento encontramos serviços de qualidade, onde os anatomopatologistas e técnicos avaliam através de um rigoroso processo, o diagnóstico e prognóstico de patologias na espécie humana, destacando-se como principais áreas de intervenção a histopatologia e a citopatologia.  O Laboratório de Anatomia Patológica caracteriza-se pela: Qualidade da resposta em tempo útil (resultados de exames de citologia aspirativa após 4 horas); Equipa com diferentes áreas de especialização; Coloração de tecidos e montagem de lâminas totalmente automatizada; Automatização da citologia em meio líquido (ThinPrep); Possibilidade de execução de todas as técnicas para obtenção de um diagnóstico completo (ênfase na Oncologia) como imunohistoquímica, FISH e CISH. São realizados os seguintes exames: Citologia cérvico vaginal convencional; Citologia cérvico vaginal monocamada (ThinPrep); Citologia Aspirativa (Mama, Tirideia, Gânglio e restantes órgãos/massas superficiais); Histologia de Biopsia; Histologia de peças operatórias; Imunohistoquímica (Caracterização dos linfomas, receptores hormonais, HER2, RGFR); CISH; FISH.

Outros exames podem ser realizados por determinados tipos de laboratórios, entre estes podemos citar: O Serviço de Genética de um Laboratório surge naturalmente com o objetivo de fazer face à crescente necessidade de uma melhor e mais rápida capacidade de diagnóstico na área da Genética Molecular, Bioquímica, Citogenética e no estudo de doenças genéticas humanas, tais como: Cromossomopatias; Doenças mono e poligênicas; Aconselhamento genético; Diagnóstico pré-natal; Genética oncológica. Desenvolve a sua atividade em várias vertentes, que se interligam e complementam: aconselhamento genético; prestação de serviços de diagnóstico à comunidade, incluindo o diagnóstico de doenças genéticas, constitucionais e somáticas; investigação e desenvolvimento; formação complementar de recursos humanos. Implementa e desenvolve ainda os processos metodológicos mais avançados, devendo estar dotado de equipamentos de primeira linha, assim como participar em programas de Avaliação Externa de Qualidade, nomeadamente, o NEQAS (United Kingdom External Quality Assessement Schemes).

Na prática existem diversos procedimentos a serem observados na organização das atividades de um laboratório. Podemos nessa fase introdutória sugerir.

Passo 1 - Recepção - Atendimento e abertura dos processos individuais dos utentes, sua orientação até a colheita;

Passo 2 – Colheitas - Colheita das amostras biológicas, formação e informação relacionada com o material de colheita de acordo com a natureza do produto e a determinação analítica a efetuar. Atendimento profissional e afável dos utentes assegurando o respeito integral pelos seus direitos.

Passo 3 – Triagem - Execução e controlo da fase pré-analítica do Laboratório, designadamente pela recepção, verificação, processamento e manipulação primária das amostras biológicas. Registro das falhas de colheita e sua comunicação aos postos de colheita, laboratórios ou hospitais.

Passo 4 - Área Analíticas – Nesse momento dependendo da natureza técnica - cientifica do laboratório podem-se direcionar a coleta para os serviços:

  1. Serviço de Genética;
  2. Core Laboratorial;
  3. Imunologia;
  4. Química Clínica;
  5. Radioimunoensaio;
  6. Microbiologia;
  7. Biologia Molecular. Etc.

Passo 5 - Área Pós-Analítica - Processamento, preparação para envio e entrega dos Boletins de Análise.

Nota do Autor.
Por apego ao discurso da cultura aplicada, e visando orientar os interessados entendemos como:

Serviço de Genética. Estuda as áreas da Genética Molecular, Bioquímica, Citogenética, assim como o estudo de doenças genéticas humanas: cromossomopatias, doenças mono e poligênicas, aconselhamento genético, diagnóstico pré-natal, genética oncológica.

Core Laboratorial.  Determinações em soro: Estudo químico dos diversos sistemas metabólicos e da homeostasia relacionados com o funcionamento fisiológico e fisiopatológico dos diversos órgãos e sistemas através da determinação quantitativa ou qualitativa de *analitos presentes em diversas amostras biológicas; Estudo bioquímico dos hidratos de carbono, proteínas, lípidos, iões, vitaminas e enzimas; Determinações biotoxicológicas para monitorização de fármacos; Pesquisa e rastreio do consumo de drogas ilícitas e de outras substâncias psicoativas; Estudo bioquímico e avaliação funcional dos eixos endocrinológicos principais; Diagnóstico direto ou indireto, pesquisa e quantificação de marcadores séricos de doenças infecciosas resultantes da resposta do hospedeiro a diversos agentes infecciosos. Determinações em sangue total: Estudo quantitativo e qualitativo dos elementos figurados do sangue; Estudo das alterações quantitativas, qualitativas e funcionais da coagulação e hemóstase; Fenotipagem sanguínea do sistema AB0 e Rh; Estudo da agregação plaquetária. Determinações em urina: Estudo físico-químico e exame microscópico, com caracterização e avaliação quantitativa e/ou qualitativa, dos elementos figurados nas amostras de urina; Doseamento de diversos analitos em amostras de urina.

Analitos.

Uma análise química é um processo que fornece informações químicas ou físicas sobre uma amostra ou sobre a amostra.  Existem diversas técnicas de análise química, normalmente referindo-se a técnicas em via úmida e instrumental.  Análise química é o conjunto de técnicas de laboratório utilizadas na identificação das espécies químicas envolvidas em uma reação, como também a quantidade dessas espécies. As análises químicas podem ser realizadas de três diferentes formas: quantitativamente, qualitativamente ou apenas imediata. Análise imediata: consiste em isolar as espécies que constituem o material, esse isolamento pode ser feito manualmente. Por exemplo, se queremos analisar uma amostra sólida e esta estiver inserida em um meio líquido, é preciso retirar este sólido do meio aquoso; Análise qualitativa: essa etapa identifica a composição do material, é preciso instrumentos apropriados para executar este procedimento. O resultado neste caso pode ser obtido pela mistura de outro componente à mistura;  Análise quantitativa: é a análise mais criteriosa, além de saber do que se trata o material ainda é preciso saber a quantidade do componente em questão dentro da amostra.  Foi seguindo esses passos básicos que a ciência evoluiu e chegou ao que é hoje: essencial na descoberta de curas de doenças, na tecnologia, entre outros benefícios.

* Analito é a parte da amostra que é o foco da análise química.

Imunologia. Diagnóstico direto ou indireto, caracterização, quantificação e confirmação da presença de marcadores séricos de doença infecciosa, resultantes da resposta do hospedeiro a diversos agentes agressores. Estudo qualitativo e quantitativo de anticorpos, antígenos e sua caracterização. Pesquisa direta de vírus, bactérias, fungos e parasitas. Determinação de citoquinas, moléculas de adesão, péptidos e antioxidantes. Estudo da autoreatividade através da pesquisa e/ou doseamento dos autoanticorpos ou da identificação das suas especificidades antigênicas.

Química Clínica.  Estudo laboratorial de metabolitos, hormonas, vitaminas, elementos traço, neurotransmissores, metais pesados e outros bioconstituintes através do recurso a sistemas analíticos próprios. Confirmação da presença de drogas ilícitas em diversos produtos biológicos.  Monitorização de fármacos e identificação dos seus metabolitos. Análise físico-química e espectroscópica do cálculo urinário, vesículo-biliar e prostático.

Radioimunoensaio.  Estudo bioquímico e avaliação funcional dos eixos endocrinológicos. Estudo laboratorial da doença alérgica e das atopias.

Microbiologia.  Estudo laboratorial das doenças infecciosas de etiologia bacteriana, micológica e parasitológica, através do exame morfológico direto, do isolamento, identificação e determinação da resistência aos agentes antimicrobianos, dos microrganismos presentes em diferentes amostras biológicas. Monitorização da eficácia da terapêutica antibiótica.

Biologia Molecular.  Estudo qualitativo e quantitativo de seqüências genômicas de ácidos nucléicos específicas de microrganismos potencialmente patogênicos.

ANÁLISES CLÍNICAS NO BRASIL.

Feitas as especificações acima esse e-book se direciona ao seguimento de formação em educação continuada no eixo: Análises clínicas.  O presente livro tem uma destinação, subsidiar os alunos dos cursos de AUXILIAR DE LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS, espalhados pelo Brasil, como uma referência bibliográfica básica, além de outras que podem ser recomendadas ou indicadas e ou adotadas pelos docentes dos cursos.  Os auxiliares são profissionais que atua em Laboratórios de Análises Clínicas, prestando auxílio ao Bioquímico ou Biomédico, na coleta de materiais e na realização de exames nas mais diversas áreas, além de desenvolver o conhecimento de toda a rotina de trabalho em Laboratórios de Análises Clínicas.  A recomendação é que os alunos sejam teoricamente preparados e treinados para ao término do curso  esteja apto para trabalhar em Laboratórios de Análises Clínicas, Bancos de Sangue e Hospitais Públicos e Privados.  A equipe do CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO, CAEE INESPEC, através do NÚCLEO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA espera desenvolver uma série de cursos modulados que no final atinja um conteúdo programático visando qualificar esse futuro profissional. Assim nasce a série LABORATÓRIO EM ANALISES CLÍNICAS. O conteúdo proposto para uma boa formação no nosso entendimento deve perpassar as temáticas:

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
  • PROCESSO DE TRABALHO EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS;
  • PARASITOLOGIA;
  • HEMATOLOGIA;
  • MICROBIOLOGIA;
  • IMUNOLOGIA;
  • NOÇÕES DE BIOQUÍMICA;
  • URINÁLISE.

Principais áreas no laboratório hospitalar.


Dentro de um laboratório hospitalar de análises clínicas  os AUXILIAR DE LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS, espalhados pelo Brasil, tem mercado de trabalho para cinco seguimentos especializados: Hematologia; Microbiologia; Imunologia; Química clínica e  Parasitologia. Atualmente, com o objetivo de obter respostas mais rápidas, a fim de aperfeiçoar o tempo do profissional, muitos exames estão sendo realizados por aparelhos automatizados. Este fato permite uma análise em maior escala e propicia aos clínicos uma resposta mais breve do estado fisiológico do paciente, possibilitando uma intervenção mais ágil, aumentando assim a possibilidade de salvar mais vidas humanas. Setores como a microbiologia e outros onde existem alguns exames de maior especificidade, continuam a executar suas atividades manualmente, seja por possuir uma menor rotina, ou por ainda não estarem com métodos automatizados padronizados. Os fluidos mais comuns para exame são: sangue, urina, fezes e expectoração. No entanto em ambiente hospitalar poderá ser encontrado ainda: liquido sinovial, pleural, céfalo-raquidiano, pus, entre outros.  Entre os exames solicitados com maior freqüência temos: hemograma completo, bioquímica do sangue (dosagem de glicose, uréia, creatinina, colesterol total e fracções, triglicerídeos, ácido úrico, etc), hemostasia (coagulograma), imunologia (teste imunológico de gravidez, teste luético, antiestreptolisina o, proteína c reativa, etc), exame parasitológico de fezes, sumário de urina, culturas bacteriológicas, antibiograma, etc.  Para fins didáticos podemos afirmar que as análises clínicas são executas por farmacêuticos, biomédicos, bioquímicos e médicos. RESOLUÇÃO Nº 296 - DE 25 DE JULHO DE 1996 - Ementa: Normatiza o exercício das análise clínicas pelo farmacêutico bioquímico. (...)O Conselho Federal de Farmácia, no exercício das atribuições que lhe são conferidas pela alínea "g" do artigo 6º, da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960,  Considerando os termos do Decreto Federal nº 20.377, de 08 de setembro de 1931, que estabelece que o exercício da profissão farmacêutica compreende as análises reclamadas pela Clínica Médica;   Considerando os termos do Decreto nº 85.878, de 07 de abril de 1981, que regulamenta a privatividade da profissão farmacêutica.  RESOLVE: Art. 1º - O Farmacêutico-bioquímico, devidamente registrado no Conselho Regional de Farmácia respectivo, poderá exercer a responsabilidade técnica de laboratório de análises clínicas competindo-lhe realizar todos os exames reclamados pela clínica médica, nos moldes da lei, inclusive, no campo de toxicologia, citopatologia, hemoterapia e biologia molecular.  Art. 2º - O Farmacêutico-bioquímico poderá exercer as funções e responsabilidades de Diretor do Laboratório, Supervisor ou Técnico a que pertencer. Art. 3º - O responsável técnico deverá datar e assinar os laudos realizados sob sua responsabilidade, constando obrigatoriamente o seu registro profissional. Art. 4º - Os laboratórios cuja direção técnica seja exercida por farmacêutico bioquímico, terão seus laudos assinados pelos chefes dos setores, plantonistas ou substitutos que deverão ser legalmente habilitados, quando em setores especializados.  Art. 5º - Os farmacêuticos bioquímicos poderão utilizar em seus laudos, rubricas eletrônicas que deverão ser usadas sob proteção de senhas pois serão semelhantes às do próprio punho, para efeitos legais. Parágrafo único - As assinaturas ou rubricas eletrônicas, previstas no artigo anterior deverão ser sempre seguidas dos nomes completos e número do registro profissional respectivo. Art. 6º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.  Sala das Sessões, 25 de julho de 1996. ARNALDO ZUBIOLI – Presidente. Estes profissionais são supervisionados e tem seu trabalho validado pelo responsável técnico legal pelo laboratório clínico (RT no Brasil). A fiscalização do laboratório fica a cargo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dos técnicos de nível superior por seus respectivos conselhos profissionais. No caso dos profissionais Bioquímicos (não confundir com farmacêutico-bioquímico, no Brasil), o Decreto Federal nº 85.877, de 7 de abril de 1981, determina a direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e responsabilidade técnica no âmbito das respectivas atribuições com relação aos ramos da química ligados a bioquímica, toxicologia e química clínica(Ver textos das norma nos ANEXO I, ANEXO II, ANEXO III, ANEXO IV e ANEXO V). Diz o artigo quarto da norma citada a) laboratórios de análises que realizem exames de caráter químico, físico-químico, químico-biológico, fotoquímico, bromatológico, químico-toxicológico, sanitário e químico legal; b) órgãos ou laboratórios de análises clínicas ou de saúde pública ou a seus departamentos especializados, no âmbito de suas atribuições. Nesta área, o analista clínico analisa os fluidos biológicos humanos ao passo que o patologista examina os tecidos através da análise microscópica de cortes histológicos.