domingo, 27 de março de 2016

Professor César Augusto Venâncio da Silva - Ensaio Bioquímica Geral. UNIVERSIDADE UNIMES. ESTUDOS COMPLEMENTARES


Livro Da FGF Bioquímica Geral 201312qw Copia

Conclusões parcial.

Conclusões parcial.
 Através da realização desta experiência podemos concluir que fatores como a temperatura, a adição de dióxido de carbono, ou de hidróxido de sódio podem alterar o valor do pH da água. A temperatura altera o valor do pH mas não o seu caráter ácido ou alcalino.
Crítica e Discussão dos Resultados.
Erros e sua importância relativa, identificação das partes do procedimento que conduziram a erros e aquelas que ajudaram a minimizá-los.
I Parte.
No balão volumétrico nº 1:  Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “vermelho de metilo”( o qual apresenta uma cor vermelha para os ácidos e amarela para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 4,2 a 6,3), observou-se uma cor amarela. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH> 4,2. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para um amarelo mais claro. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração, e com um pH> 6,3. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor para um amarelo mais escuro. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, logo uma solução com um pH <6,3.
 No balão volumétrico nº 2: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “fenolftaleina”( o qual apresenta uma cor incolor para os ácidos e algumas bases mais fracas e carmim para as bases com pH superior a 8,3. Este indicador apresenta uma zona de viragem do pH entre 8,3 a10), observou-se uma cor incolor. Esta cor não nos permitiu identificar a solução como ácida ou alcalina devido à zona de viragem deste indicador só se iniciar a partir de um valor de pH de 8,3.Se a solução tiver um pH de 8 já é alcalina mas no entanto com este indicador a cor mantém-se incolor porque só vira a partir de 8,3. Por isso o valor do pH situa-se num valor inferior a 8,3.  Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para um carmim. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração. Agora já podemos identificar esta solução como alcalina, pois com esta cor tem de ter um pH>8,3.  Ao ser adicionado gelo seco (CO2(s)) à solução verifica-se a mudança de cor para um cor de rosa . Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando se adicionou  NaHO. E provavelmente com um pH<10.
No balão volumétrico nº 3: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “Tornesol”( o qual apresenta uma cor vermelha para os ácidos e azul para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 5,0 e o 8,0), observou-se uma cor lilás. Esta cor permitiu identificar a solução com um valor de pH entre 5,0 e 8,0. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para azul. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração, e com um pH >8. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor para lilás. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH(<8) devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando foi adicionado NaHO.
No balão volumétrico nº 4: Este balão continha água da torneira e ao ser adicionado o indicador ácido base “Vermelho de fenol ”( o qual apresenta uma cor amarela para os ácidos e vermelha para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 6,4 e o 8,2), observou-se uma cor rosada. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH entre 6,4 e o 8,2. Ao ser adicionado NaHO observou-se uma mudança de cor para laranja forte. O que significa que o valor do pH se alterou para mais alcalino, devido à libertação de iões HO¯ na solução, fazendo aumentar a sua concentração. E provavelmente com um valor de pH>6,4. Ao ser adicionado gelo seco (CO2 (s)) à solução verifica-se a mudança de cor novamente para rosado. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH, devido ao aumento de concentração de H3O+, na solução, e logo menos alcalina do que quando se adicionou  NaHO. E provavelmente com um pH= 6,4-8,2.
II Parte.
 Da observação da imagem do rótulo da água utilizada pode-se observar que é uma água natural gasocarbônica, logo é uma água gasosa com um teor de CO2 superior a 250mgL¯¹, e com um pH =6,1. Quando se colocou a “Água das Pedras” no balão volumétrico e ao ser adicionado o indicador ácido base “Vermelho de metilo ”( o qual apresenta uma cor vermelho para os ácidos e amarela para as bases, e com uma zona de viragem do pH entre 4,2 e o 6,3), observou-se uma cor amarela. Esta cor permitiu identificar a solução com um pH superior a 4,2. O que corresponde ao valor do pH encontrado no rótulo de 6,1. Após a libertação do dióxido de carbono a cor manteve-se amarela o que significa um pH >4,2 . Sabemos que numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq) ;      CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq). Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A libertação do CO2 contribui assim para diminuir a concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se inferior àconcentração de OH¯, o que corresponde a uma solução mais alcalina.
A solução ao ser aquecida verifica-se a mudança de cor para laranja claro. Esta alteração foi devida a uma nova alteração do valor do pH. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água , o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. A solução terá agora um pH <6,3.

Questionamento/Respostas às questões argüidas:
Questão – problema:
1- “Como interfere o dióxido de carbono no pH de uma água?”
2-“Será que o valor da temperatura também tem influência no valor de pH?”
Através da realização desta experiência podemos responder ás questões em cima elaboradas:
1- “Como interfere o dióxido de carbono no pH de uma água?”
R: Muitas águas minerais contêm dióxido de carbono, ou então pode ser adicionado (pode ser em forma de gelo seco). Numa água gaseificada ou não ocorrem os seguintes equilíbrios: CO2(g)↔CO2(aq); CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq). Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A sobre saturação de CO2 nas águas naturais pode dever-se a processos de decomposição de matéria orgânica: 2CH2O→CH4+CO2. ou à decomposição do carbonato de cálcio, provocada por aquecimento geotérmico: CaCO3(s)→CaO(s)+CO2(g). Ambos os processos proporcionam a dissolução de CO2 a  pressões elevadas. O CO2 presente na água e dissolvido nesta e reage com a água, de acordo com: CO2(aq)+H2O(l)↔H2CO3(aq). O ácido carbónico, H2CO3 , cede um dos seus protões a moléculas de água, aumentando a acidez: H2CO3(aq)+ H2O(l)  HCO3¯(aq)+H3O+(aq). A dissolução do CO2 contribui assim para aumentar a  concentração de H3O+ em solução, e assim esta torna-se superior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução ácida.
2-“Será que o valor da temperatura também tem influência no valor de pH?”
R: O pH depende da temperatura. Por isso, quando medimos o pH, devemos registar, pois só podemos comparar valores de pH medidos à mesma temperatura. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reacção que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações.  Assim quando se eleva a temperatura da água, o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a emperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. Se:
[H3O+ ] > [HO¯ ], a solução é ácida.
[H3O+ ] < [HO¯ ], a solução é neutra.
[H3O+ ] = [HO¯ ], a solução é neutra.
Presença d’água no organismo humano.

A vida, tal como a conhecemos, depende da presença de água. O organismo humano possui cerca de 70% de água, um constituinte fundamental do meio intracelular e de fluidos extracelulares como o sangue. Uma solução em que a água é o único ou principal solvente é denominada solução aquosa. Nas zonas do planeta em que a água escasseia, os seres vivos possuem adaptações para minimizar a sua perda. Crê-se também que a vida surgiu em meio aquoso, onde os reagentes poderiam circular, encontrar-se e formar ligações, formando moléculas cada vez mais complexas que se agregariam em organismos simples. A água possui características químicas e físicas muito particulares. Entre elas, o facto de possuir uma densidade menor no estado sólido que no estado líquido, permitindo a flutuação do gelo e a existência de vida subaquática a baixas temperaturas. Também o tipo de ligação química existente entre as moléculas de água, a chamada ligação de hidrogênio, desempenha um papel fundamental em muitos processos biológicos, especialmente em reacções catalizadas por diversas enzimas. A compreensão do funcionamento e da função da água em sistemas biológicos é fulcral para o entendimento de processos bioquímicos.
Estrutura da molécula de água.

A molécula de água é constituída por dois átomos de hidrogênio ligados a um de oxigênio, com uma estrutura tetraédrica. O átomo de oxigênio partilha dois dos seus seis electrões de valência com os átomos de hidrogênio para formar as ligações covalentes entre oxigênio e hidrogênio. Como resultado, o hidrogênio tem a sua camada de valência completa e dedicada à ligação. O átomo de oxigênio possui dois pares de electrões de valência que não participam então em ligações, mas que produzem uma zona de carga negativa que tende a repelir ligeiramente os átomos de hidrogênio. Por esta razão, a molécula de água não é linear, formando antes um ângulo com aproximadamente 104,5º.  O oxigênio é uma molécula com elevada electronegatividade, maior que a do hidrogênio, ou seja, tende a atrair mais facilmente electrões. Embora a ligação covalente seja um tipo de ligação química que exija a partilha electrónica, é mais provável encontrar esses electrões mais perto do núcleo do oxigênio que dos núcleos do hidrogênio. Por esta razão, a nuvem electrónica da molécula de água é mais densa nas imediações do oxigênio, tendo uma carga eléctrica local mais negativa e conferindo uma polaridade eléctrica à molécula. Por causa desta polaridade, um átomo de oxigênio pertencendo a uma determinada molécula de água tende a atrair um átomo de hidrogênio de uma molécula vizinha, estabelecendo uma ligação intermolecular denominada ligação de hidrogênio (também é usado o termo ponte de hidrogênio). Este tipo de ligação ocorre entre átomos de hidrogênio e átomos de elevada electronegatividade, como o já referido oxigênio ou ainda o azoto ou o fósforo, sempre que o hidrogênio tenha uma deficiência electrónica devida à polarização da molécula em que se encontra (ou seja, sempre que se encontre ligado covalentemente a outro átomo electronegativo).  Este tipo de ligação tem uma energia relativamente baixa (23 kJ/mol), a suficiente para estabelecer a ligação mas também ser facilmente quebrada. Este é um aspecto importante para a mobilidade das moléculas de água, que estão a associar-se e a dissociar-se constantemente quando no estado líquido, mas que se encontram sempre envolvidas neste tipo de ligação. A água pode ser então pensada como uma rede de moléculas coesas, mas não estáticas como num sólido; esta coesão confere-lhe uma densidade elevada em comparação com outros líquidos à mesma temperatura e causa a existência de uma elevada tensão superficial. Outras propriedades significativamente afetadas pela existência de ligações de hidrogênio são a temperatura de ebulição e a temperatura de fusão. Este tipo de ligação aumenta estas temperaturas em relação a compostos similares que não a possuam. Por exemplo, o metano, CH4, é um gás a 25º, o que não acontece com o álcool derivado deste, o metanol (CH3OH), um líquido a esta mesma temperatura. A ligação C-H não é muito polar, não havendo grande polarização em moléculas orgânicas que não possuam átomos fortemente eletronegativos.

O NaHO, tem como símbolo de perigo C, o eu quer dizer que é corrosivo (em concentrações mais elevadas é inflamável).

O NaHO, tem como símbolo de perigo C, o eu quer dizer que é corrosivo (em concentrações mais elevadas é inflamável). Tem como frases de risco R34 e como frases de segurança S 26-37/39-45, pelo que pode provocar queimaduras, por isso devemos usar luvas, e equipamento protetor para os olhos/face adequados, e em contato com os olhos, lavar imediatamente e abundantemente com água e consultar um especialista.  Alem disso cada aluno deve tomar os procedimentos adequados à salvaguarda da saúde e segurança de si próprio e dos seus colegas, e que basicamente são:
1. Não entrar no laboratório sem autorização de um docente.
2. Efetuar o trabalho experimental como foi indicado. Não fazer nada que não seja parte de um procedimento experimental previamente aprovado pelo docente responsável.
3. Preparar-se convenientemente para executar a experiência. Ler e compreender o protocolo experimental antes de o executar. Seguir as instruções do docente responsável. Antes de iniciar uma experiência certificar-se de que se está a par de todos os potenciais perigos dos reagentes, produtos e técnicas usadas. Certificar-se de que se percebeu o que se vai fazer.
4. Nunca trabalhar sem a supervisão de um docente.
5. Usar o equipamento de segurança apropriado. O uso de bata é obrigatório. Se necessário e de acordo com as instruções do docente responsável, deve ser usado outro equipamento de segurança (neste caso luvas).
6. Saber a localização do equipamento de segurança (chuveiros de segurança, extintores, caixas de areia, mantas anti-fogo, etc.).
7. Saber o que fazer em caso de emergência. O toque de alarme é considerado o aviso de uma situação de emergência.
8. Atuar sempre de um modo responsável no laboratório.
9. O corpo deve estar o mais protegido possível devendo evitar-se roupas largas, sandálias ou tecidos altamente inflamáveis. Nunca deixar que substâncias químicas contactem com a pele.
10. Nunca provar qualquer composto químico. O olfato só deve ser usado se for indicado pelo docente.
11. Desligar as fontes de calor (por exemplo: chamas, placas eléctricas, mantas de aquecimento) quando terminado o seu uso e nunca as abandonar quando em uso.
12. Ler os rótulos com cuidado. A leitura do rótulo deve ser feita 3 vezes: antes, durante e quando acaba a experiência. Da mistura de substâncias químicas podem resultar enganos com consequências imprevisíveis.
13. É proibido fumar, comer ou beber no laboratório.
14. Comunicar todos os incidentes ao docente responsável, mesmo os mais pequenos e aparentemente inofensivos.
15. Tratar os produtos químicos convenientemente. Nada vai para o esgoto (exceto se, e quando, o docente responsável fornecer indicação em contrário).
16. Nunca colocar os reagentes não utilizados (sobras) no recipiente original, exceto se o docente responsável fornecer indicação em contrário. Retirar apenas o necessário para um recipiente devidamente rotulado e não contaminar o restante. Em caso de dúvida consultar o docente responsável.
17. Limpar todos os desperdícios imediatamente. As garrafas e frascos de reagentes devem sempre ser limpos, caso o seu conteúdo tenha escorrido pelas paredes. Isto inclui a água.
18. Manter o local de trabalho limpo e arrumado.
19. Nunca levar nada de um laboratório sem o conhecimento e o acordo do docente responsável.
20. Andar e não correr, por mais pressa que se tenha. Correr nos corredores ou nos laboratórios representa um risco para o próprio e para as outras pessoas que podem transportar consigo materiais perigosos.
21. Ter sempre cuidado ao abrir e fechar portas, ao entrar ou sair dos laboratórios.
22. No final de um trabalho experimental:
• Arrumar os reagentes: os reagentes e solventes devem ser arrumados nas prateleiras e armários correspondentes logo após o seu uso, com os rótulos virados para a frente;
• Todos os reagentes e produtos sintetizados deverão estar rotulados
• Desligar o equipamento usado .
• Limpar a bancada, arrumar o material lavado e lavar as mãos (é preferível efetuar as limpezas e arrumações após cada etapa de um trabalho. O material que conteve reagentes perigosos deve ser enxaguado antes de ser posto de parte para a limpeza final).
23. Quaisquer problemas médicos, alergias conhecidas ou medicação que possam pôr em risco a integridade física do aluno ou dos seus colegas devem ser comunicados ao docente responsável, que atuará em conformidade.
As regras citadas estão dentro de um protocolo de biosegurança.  O laboratório de bioquímica possui como suporte equipamentos como espectrofotômetro, banhos-maria, estufa, geladeiras para os kits bioquímicos, centrífugas, um aparelho medidor de pH (phmetro) e microcentrífuga, bem como materiais como os kits de reagentes, vidrarias, micropipetas, ponteiras, tubos de ensaio etc. as aulas são programadas previamente pelo professor e posteriormente executadas em grupos pequenos de alunos proporcionando um aprendizado efetivo. Sobre o tema Biosegurança recomendo: Páginas 399/475 do livro – SUBTOMO I DISCIPLINA IMUNOLOGIA E BIOQUÍMICA APLICADA. SILVA, Professor César Augusto Venâncio da. 1ª. Edição – 2013 – Fortaleza – Podendo ser acessado no link: http://pt.scribd.com/doc/123101862/LIVRO-FINAL-DE-BIOQUIMICA-capitulo-i    - 
1.4 – Procedimentos.
Iª Parte.
1. Encher 3 balões volumétricos com água da torneira.
2. Adicionar 5 gotas de um indicador diferente em cada balão e numerá-los e identificá-la.

O CO2  presente na água e dissolvido nesta e reage com a água,

O CO2  presente na água e dissolvido nesta e reage com a água, de acordo com: CO2(aq)+H2O(l)↔H2CO3(aq). O ácido carbônico, H2CO3, cede um dos seus protões a moléculas de água, aumentando a acidez: H2CO3(aq)+ H2O(l) ↔ HCO3¯(aq)+H3O+(aq). A dissolução do CO2 contribui assim para aumentar a  concentração de H3O+ em solução, e assim esta se torna superior à concentração de OH¯, o que corresponde a uma solução ácida. A água pode também ser alcalinizada artificialmente por adição de bases pois libertam iões  OH¯ fazendo  aumentar a concentração de OH¯ nas soluções.
Observações: Iões - partículas eletricamente carregadas que provém de átomos ou de moléculas. Catiões - são iões positivos. Numa eletrolise dirigem-se para o cátodo (pólo negativo). Aniões - são iões negativos. Numa eletrólise dirigem-se para o ânodo (pólo positivo). Protões é uma partícula "sub-atômica" que faz parte do núcleo de todos os elementos. Convencionou-se que o próton tem carga elétrica positiva.  É uma das partículas, que junto com o nêutron, formam os núcleos atômicos.
O pH varia com a temperatura.
O pH depende da temperatura. Por isso, quando medimos o pH, devemos registar, pois só podemos comparar valores de pH medidos à mesma temperatura. Alguns medidores de pH fazem uma compensação automática de temperatura. De acordo com o princípio de Le Châtelier, quando se alteram as condições da reação que se encontra em equilíbrio, esta irá evoluir no sentido de contrariar essas alterações. Assim quando se eleva a temperatura da água, o equilíbrio 2H2O(l)↔H3O+(aq)+HO¯(aq), evoluirá de forma a diminuir a temperatura (absorvendo a energia do meio exterior). Como a constante de ionização da água (Kw)= [H3O+ ] [HO¯ ], e aumentou, então pode concluir-se que as concentrações [H3O+ ] e [HO¯ ] também aumentaram. Isto significa que a reacção é endométrica e o pH da água diminui com a temperatura. Observamos os seguintes padrões. Se:
[H3O+ ] > [HO¯ ], a solução é ácida
[H3O+ ] < [HO¯ ], a solução é neutra
[H3O+ ] = [HO¯ ], a solução é neutra


Material e Reagentes.
1.1 - Material de laboratório:

Material
Quantidade

Placa de aquecimento
1

Varetas de vidro
1

Termômetro
1

Frigorífico
1

Gelo seco
Variável

Espátula
1

Balões volumétricos de 250ml
5

Pipeta
1

Gobelé 600ml
1

Proveta
1

Rolha
1
1.2 - Reagentes e outros materiais.
Indicadores em solução: Vermelho de metilo, Vermelho de fenol e fenolftaleína; - Água da rede; - Água natural gasocarbônica (Água das Pedras) – 1 garrafa; - NaHO liquido. 

1.3 – Segurança.

Continuação....

Fig.15 – O Sensor pH também conhecido como Controlador de pH e phmetro é indicado para operar em processos de Tratamento de água / efluentes em industrias químicas, alimentícios, papel / celulose, petroquímica, entre outras.  O Sensor pH e Sensor ORP são basicamente idênticos, também em seu princípio de funcionamento que é muito simples. Esquema básico de Sensor pH ou Sensor ORP. Sensor pH: O bulbo de vidro detecta íons de H+ e gera uma corrente elétrica (59,2 mV por unidade de pH a 25 oC).  Sensor ORP: O metal nobre (platina ou ouro) é usado por não interferir nas reações químicas e em contato com o meio, transmite uma corrente elétrica. O gel interno é quem recebe a corrente elétrica positiva (+) e re-transmite ao interior do sensor, o fio de prata pura (tratado com cloreto de prata) capta a corrente e transmite ao cabo de conexão, que leva o sinal do sensor ph ao leitor/controlador.

Muitas águas minerais contêm dióxido de carbono, quer de origem natural, quer adicionado. Contêm, também, hidrogenocarbonatos e outros sais que conferem às àguas propriedades favoráveis para a saúde ou para fins terapêuticos.  Numa água gaseificada  não ocorrem os seguintes equilíbrios: 

 CO2(g)↔CO2(aq); CO2(aq)+H2O(l)↔H3O+(aq)+HCO3¯(aq).
Quando se abre a garrafa, o dióxido de carbono começa a libertar-se em pequenas bolhas. A sobre saturação de CO2 nas águas naturais pode dever-se a processos de decomposição de matéria orgânica: 2CH2O→CH4+CO2 ou à decomposição do carbonato de cálcio, provocada por aquecimento geotérmico:
                           CaCO3(s)→CaO(s)+CO2(g)

ANTERIOR: Indicadores de ácido-base: a) líquido; b) em papel.

Fig.13- Indicadores de ácido-base: a) líquido; b) em papel.

O “papel indicador “de ácido – base é papel impregnado com uma mistura de indicadores de tal forma que as cores que adquire permitem estabelecer uma escala corada. Essa escala depende do pH da solução. É assim possível efetuar medições semi-quantitativas. Este é um processo cômodo e inicialmente barato, mas acaba por se tornar caro se a sua utilização for continuada, pois o papel fica inutilizado após cada uso.  Os indicadores ácido-base apresentam uma cor em solução que depende do pH da mesma. Cada indicador apresenta uma zona de viragem, com uma cor correspondente à mistura das duas cores ácida e alcalina. As tabelas seguintes apresentam alguns indicadores e suas características:
Para trabalhos mais rigorosos é necessário medir quantitativamente o pH de uma solução. Para isso utilizam-se aparelhos próprios: medidor de pH ou sensores. Estes medidores são aparelhos frágeis e dispendiosos.


Ph da água. Temos por definição de temperatura


Temos por definição de temperatura segundo o dicionário da Língua Portuguesa, temperatura: grau de calor num corpo ou num lugar, o que não diferencia na classificação da temperatura na água, que de acordo com o grau de calor que ela é atingida e ainda pela latitude em que ela se encontrar, se classifica a temperatura em que a água está no determinado momento ou lugar. A circulação atmosférica e oceânica transfere o excesso de calor recebido nas regiões equatoriais para regiões polares, gerando dessa forma um equilíbrio térmico, e ainda que a cada linha de latitude percorrida pela água a temperatura altera-se em 0,5°C. O que nos leva a questão de que cada continente possui uma temperatura da água diferenciada, pois a intensidade do sol é maior em latitudes menores, em que a temperatura chega a aproximadamente 2 vezes maior que nos pólos.  Na propriedade cor, teremos alguns fatores que modificam a coloração e ocasionam sua classificação, temos como exemplo materiais orgânicos que ao estarem no processo de decomposição eliminam substancias que contêm coloração, em que sendo diluídas pela água proporcionam cores á ela, existem outros fatores que dão coloração a água, o ferro e o manganês estando reunidos ou em contato com as substâncias citadas acima, também proporcionam cor na água. A cor da água é medida numa escala de 0 a 100 UC, unidade colorimétrica.  A densidade da água aumenta quando a quantidade de salinidade na água está elevada e a temperatura baixa, mas também a uma necessidade de pressão na água para que haja a densidade, temos então que a densidade da água somente ocorrerá quando houver salinidade, temperatura e pressão na água, porém dependerá também da quantidade de cada um para classificar se a água está acima ou abaixo do ponto de congelamento.

pH da água.
Figura 9 - pH é classificação de ácida, neutra e base, em uma escala de 1 a 6 denomina-se ácida e de 8 a 14 denomina-se base, quando a água se encontrar com o pH 7 ela denomina-se portanto como neutra. A presença de H+(Hidretos) e OH- (hidroxilas) também influencia na classificação do pH, pois com maior presença de H+ é classificada como ácida e com maior presença de OH- ela se torna básica.
Fatores que afctam o pH de uma Água.
1.1. - Fundamentação Teórica.
 A composição química da água natural é obtida a partir de uma fonte enorme de solutos onde se incluem os gases e aerossóis da atmosfera, os produtos do arrastamento e da erosão de rochas e de solos, das dissoluções e das reações de precipitação que ocorrem abaixo da superfície terrestre, assim como os produtos resultantes da intervenção humana. A classificação de águas e de outras soluções aquosas em ácidas, neutras ou alcalinas requer processos de avaliação qualitativa e quantitativa com recurso a medidores de pH, sensores ou indicadores. Para entender como se avalia o pH de uma solução aquosa iremos para a chamada escala de Sorensen o pH de uma solução que varia entre 0  e  14 permite classificá-la como:
● ácida se o pH < 7.
● básica ou alcalina se o pH > 7.
● neutra se pH = 7.
Quando a análise é realizada a temperatura de 25ºC. Temos o  pH como um dos parâmetros mais importantes para caracterizar águas. A medição do pH deve ser feita no local de origem, mas, se tal não for possível, o recipiente de recolha deve ficar completamente cheio, sem quaisquer bolhas de ar, e ser rolhado imediatamente. Impedem-se assim alterações do pH provocadas por trocas gasosas com a atmosfera. Para avaliar a acidez, basicidade ou neutralidade de uma solução utilizam-se várias técnicas laboratoriais. Os indicadores de ácido-base são soluções de substâncias que mudam de cor conforme a acidez/basicidade do meio. A mudança de cor não é abrupta. Existe um intervalo de pH (normalmente 2 unidades) para a qual a cor é mal definida que se chama zona de viragem. Este embora seja um processo simples e barato para avaliar a acidez ou basicidade de uma  solução, fornece apenas uma indicação qualitativa (Ver figura 13)